terça-feira, 24 de novembro de 2015

O direito de brincar

Escrevo este post de dentro do meu carro ao som de gritinhos e estripulias das crianças no ginásio da escola da Helena enquanto aguardo do lado de fora os portões serem abertos para buscá-la.
Como é encantador ouvir as brincadeiras deles.
Fico imaginando as carinhas correndo, pulando, sorrindo.
Como é bom ser criança é ter este diretor de brincar garantido.
Helena é uma criança bastante ativa e criativa.
Brinca muito bem sozinha também, pois em casa sendo a única criança e muitas vezes eu e o pai sem tempo para brincar com ela, a baixinha se vira bem.
Delicia e ouvir as conversas com as bonecas e com seu amigo imaginário, o Léo, inventando historinhas e situações com unicórnios e desenhos feitos por ela mesma.
Sempre que posso volto a ter 4 anos e brincamos juntas onde posso mergulhar sem medo no seu mundinho de faz de conta.
Já na escola ela tem a oportunidade de estar com outras crianças, entender as diferenças e socializar-se.
Especialistas garantem que a brincadeira ajuda a formar adultos menos violentos e pessoas mais criativas.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) expressa como parte do direito à liberdade brincar, praticar esportes e divertir-se.
Assim, colaborar para que as crianças tenham acesso à brincadeira não é dever apenas dos governos e dos pais, mas também de todos os cidadãos.
Ao brincar, a criança expressa suas emoções e expõe suas habilidades e dificuldades.
Por exemplo: ao brincar de carrinho, a criança assimila fatos que ela vê na vida cotidiana repetindo o que vê, então ela incorpora e repete na brincadeira.
Se ela brinca com o carrinho de forma agressiva, batendo em objetos, fazendo o carrinho capotar, ela simplesmente está tentando se comunicar, repetindo com seus brinquedos cenas da vida doméstica e comportamentos dos adultos, utilizado-se desta linguagem para dizer que “foi isso que ela aprendeu”, então é preciso ficarmos atentos.
É brincando que a criança aprende, e observando que ela incorpora.
Assim escreve Montessori, “façamos de conta que a criança é um operário e que a finalidade de seu trabalho é produzir o homem. Porque o trabalho das crianças não produz um objetivo material, mas cria a mesma humanidade; não uma raça, uma casta, um grupo social, mas a humanidade inteira.