terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Cuidados com as "viroses" de verão

Esta época de calor é bastante favorável para o aparecimento de casos de virose com vômito e diarreia em crianças. 
Graças a Deus Helena este ano teve dois dias com diarreia, mas passou logo.
Como com o calor o risco de desidratação aumenta, é preciso tomar muito cuidado para evitar que a criança fique desidratada, você pode dar soluções especiais para à venda nas farmácias, estas soluções são especiais para criança. 
Eu prefiro preparar para a Helena nestes casos o soro caseiro, de preferência com a colherinha medidora distribuída em postos de saúde ou vendidas em farmácia, mas se não tenha a colher para soro caseiro à mão, faça a mistura colocando um punhado de açúcar e uma pitada de três dedos de sal em 200 ml de água filtrada, fervida e fria. O gosto deve ser parecido com o da lágrima. Existem também no posto de saúde preparados em pó para fazer o soro. 
Procuro também alternar com o soro ou a solução de reidratação bebidas como água de coco, chá, suco ou água alternados de meia em meia hora. Uns 50ml de cada vez já é suficiente.
Bebidas frias ou geladas "ficam" mais fácil no estômago que bebidas mornas ou quentes. Mesmo que a criança queira mais, ofereça só de pouquinho em pouquinho, para não precipitar um novo vômito e perder tudo o que ela já tomou. 
Não são recomendadas para crianças as bebidas isotônicas esportivas pois possuem mais minerais que o ideal para essas situações.
A medida que a criança vai melhorando e tiver conseguido tomar duas ou três dessas doses sem vomitar, passe a dar leite materno ou fórmula de leite em pó mais diluída, e aumente a quantidade para entre 80 e 100 ml, a cada três ou quatro horas. No caso de crianças maiores, você pode dar algum alimento sólido leve se ela quiser (bolacha simples, arroz com frango, canja). 
Se a criança não vomitar por 12 horas, você pode retomar a alimentação normal, mas continue a oferecer bastante líquido. Caso seu filho esteja inapetente, não se preocupe e só insista mesmo nas bebidas. 
Eu prefiro voltar a dar alimentos mais fáceis de digerir, como frutas, torradas ou papinhas leves, mas a recomendação dos médicos hoje em dia é que assim que a criança estiver melhor, volte a comer os alimentos do dia-a-dia (fora os gordurosos), o que apressa a recuperação devido à reabsorção dos nutrientes de que o corpo precisa. 
Dormir também pode ajudar a acalmar e a diminuir os vômitos; o conteúdo do estômago muitas vezes é transferido para o intestino durante o sono, o que reduz a vontade de vomitar. 
Apesar de eu ter formação farmacêutica, nunca dou remédio para combater a náusea, a menos que tenha sido especificamente receitado pelo médico, e vale ressaltar que nunca devemos dar medicamentos com aspirina na composição, porque ela pode desencadear uma rara mas gravíssima doença chamada síndrome de Reye.

O vômito pode indicar algo grave:

• Vômito acompanhado de muita dor ou inchaço abdominal. Seu filho pode ser pequeno para descrever exatamente onde incomoda, mas você o conhece melhor do que ninguém para saber quando algo realmente não está certo. Dores fortíssimas às vezes indicam algum bloqueio intestinal, e é preciso que se leve a criança imediatamente a um pronto-socorro. 

• Bile (uma substância verde) ou sangue de cor escura (quase como café) no vômito também podem ser sinal de algum bloqueio intestinal. 

• Vomitar mais de uma vez após sofrer algum ferimento na cabeça, já que quedas e golpes de grande impacto nesta região chegam a provocar vômitos.
 
• Vômitos, acompanhados ou não por letargia e irritação, e dor ou falta de mobilidade no pescoço são sintomas clássicos de meningite. 

• A ingestão de produtos tóxicos (como, por exemplo, produtos de limpeza ou remédios de adultos) também pode provocar vômitos e necessita de cuidados urgentes. Contate imediatamente uma organização especializada e tente guardar a embalagem daquilo que causou a intoxicação. 
 
 
Lembre-se de só dar remédios contra a náusea sob orientação médica.