segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Começamos o processo de desfralde


Pela segunda vez, começamos este processo chatinho e inevitável que é o desfralde.
Tentei pela primeira vez a 1 ano atrás exatamente, quando Helena tinha 1 ano e 7 meses. Tentei porque não aguentava mais o "falatório" das mães que já haviam desfraldado seus filhos com a mesma idade da minha. Foi péssimo!
Muito estressante, eu me irritava muito, mas sem deixar transparecer para minha filha, e cansada com a sujeira que a casa ficou e com a resistência da pequena em usar o piniquinho, sempre dizendo: "não mamãe!!!!"
Voltei atrás, pois nem eu e nem ela estávamos preparadas naquele momento.
Mais um ano de fraldas e então acordei um belo dia e disse a mim mesma: "vou começar o desfralde!"
Comprei uma porção calcinhas, brancas (a Helena tem alergia a corantes), coloquei um peniquinho no andar de baixo e outro no de cima de casa, sempre a vista e abordei minha criança:
"Filha, você quer tirar a fraldinha e ficar de calcinha?"
Ela se empolgou e fizemos um trato. A cada xixi e cocô que ela fizesse no piniquinho, ganharia um adesivo para colar no banheiro. 
Assim começamos: foi 1 xixi no pinico e 4 no chão, 2 cocôs na calcinha. No outro dia 4 xixis no pinico, 2 no chão e os cocôs na calcinha, e foi assim por cinco longos e exaustivos dias, a resistência estava em fazer o cocô no piniquinho e a entender que é preciso segurar o xixi até chegar no piniquinho.
Tentando manter a calma e a serenidade, pois nesta situação é meio difícil não se irritar, mas estávamos indo bem. Foi aí que tive a oportunidade de passar um final de semana na casa de meus pais e levei o piniquinho a tira colo.
Nada como a experiência dos mais velhos, e meus pais, que já passaram 2 vezes por este processo, me acalmando e me animando a todo momento, foi de extrema importância nesta fase.
Então o saldo foi excelente: todos os "serviços" foram feitos no piniquinho e voltando para casa, tudo permaneceu sobre controle.
Se passaram 15 dias desde o início do processo e agora ela não quer mais colocar fralda, nem para sair e quando estamos em algum lugar público, restaurante, shopping, eu pergunto se quer fazer xixi e vamos ao banheiro para garantir que não teremos imprevistos e assim ela faz bonitinho. Coloca o protetor de assento, se equilibra no vaso sanitário e lava as mãozinhas, uma fofa!
A fralda da noite, a contragosto dela, eu continuo colocando, mas amanhece sequinha.
Firmes e fortes, sem desanimar, vamos seguindo neste treinamento que me fez chegar a uma conclusão: cada criança tem o momento certo para aprender a fazer suas necessidades no banheiro. Umas mais cedo, outras mais tarde, mas todas passarão por este processo e terão sucesso. O segredo é fazer no tempo certo deles e não quando a gente quer. Quem decide, mais uma vez, é a criança.
Estou mais relaxada e feliz com os resultados. Não adianta forçar a barra. Minha ansiedade só atrapalhou na primeira tentativa e agora tudo está correndo muito bem, claro que estou "só o pó" de tanto lavar pinico, mas ter esta evolução em 15 dias de início do desfralde me anima e considero a Helena desfraldada.
Paciência, persistência e providencia.

Conselhos que funcionaram comigo:
  • Comece a levar seu filho para o banheiro com você e o pai. Explique que você não usa fraldas porque faz o xixi e cocô no vaso. Eles aprendem com exemplos.
  • O desfralde deve ser iniciado quando você estiver disposta a isso, não faça porque os outros falaram, porque será a sua a paciência e não a dos outros.
  • Não brigue ou grite com a criança quando ela não conseguir, e faça bastante festa quando conseguir. Vale a estratégia do adesivo.
  • Com o tempo mais quente fica mais fácil o desfralde, no frio, a”preguiça” de tirar a calça pode ser maior e por transpirar menos, o volume de xixi será maior.
  • Deixe o piniquinho sempre a vista, pelo menos no começo e depois quando a criança entender o processo leve para o banheiro.
  • Mostre para seu filho, imagens e vídeos de crianças usando o banheiro. Tem um monte no youtube. A Helena se interessou em imitá-los.
  • Se você sentir que começou na hora errada, não tenha vergonha e volte atrás. A criança mostrará o seu tempo, eu voltei atrás! É melhor construir um hábito saudável do que na força e criar traumas.